terça-feira, 27 de outubro de 2009

“A artista Karin Paiva solta seus bichos. Por suas mãos escorrem cobras e lagartos que saem das telas para aderirem aos corpos. Eles são a dualidade em pessoa, o feminino e o masculino, o sagrado e o profano, o primitivo e o contemporâneo. Eles são símbolos que sorrateiramente arrastam-se pelo peito, costas, braços... E percorrem nossas estruturas com uma discrição estranha, talvez na esperança de penetrar nossas entranhas... Na língua dividida, uma dupla forma de alcançar sua presa. Nas cores pulsantes, quase uma brincadeira indefesa. Karin Paiva conseguiu dar calor aos répteis gélidos que habitam a terra ao longo das eras. E agora, liberta-os para que venham se esconder de nós.”
(Paula Teitelbaun)

Nenhum comentário:

Postar um comentário